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quarta-feira, 19 de abril de 2023

"ESTAMOS A UM LUTO DE DISTÂNCIA"

     Vi essa frase em uma mensagem hoje e pensei o quão forte ela é. Inevitavelmente quando você partiu, meu bem, eu não consegui não contar os dias sem você.

Desde que o mês de abril se iniciou que tem sido difícil evitar as lembranças das datas: sua internação, o diagnóstico, o prognóstico, a última vez que conversamos, a última vez que eu te vi...

Hoje são 365 dias, 52 semanas, 8.760 horas sem você aqui e um luto de distância. E que distância!

Para marcar essa data tão difícil com alguma beleza – já que ainda não consigo dissociar a dor da sua partida das lembranças lindas que construímos – encomendei uma arte inspirada em um dia especial quando acompanhei você na formatura dos seus alunos do CEEP Hélio Xavier.

O amor segue vivo dentro de mim, pois “não deixamos de amar alguém após a sua partida”.

 Sigo te amando, sua ruiva.



domingo, 4 de dezembro de 2022

ATRAVESSADA

           A pessoa que está enlutada comumente ouve a palavra superação ou cura, mas ambas estão equivocadas. Luto não é obstáculo para ser superado e nem doença para ser curada.

            Luto é travessia, processo, mergulho, tomada de fôlego, rasteira, levante, choro, lembranças, amor.

        Já comentei diversas vezes em postagens que quando alguém que amamos morre, morre também algo dentro de nós que não mais voltará a viver. E isso não é necessariamente ruim.

       Quantas experiências vivemos e nos transformam? Por que tão somente no luto querem que "voltemos a ser como éramos antes"?

        Como voltar "ao normal" se parte da normalidade de nossas vidas não está mais aqui? Como "superar" uma situação que simplesmente não voltará atrás...

           Não seremos mais as mesmas pessoas, seguiremos marcadas pela dor da perda que está atravessada em nós e nos acompanha como uma sombra em tudo que fazemos desde que ela se instalou.

domingo, 23 de outubro de 2022

19 DE OUTUBRO: SEIS MESES

Hoje seria seu aniversário de 51 anos, dia de comemorar mais um ano de sua vida e, ao invés disso, estou contando 6 meses de sua ausência terrena. Ainda é pesado pra dizer e principalmente escrever a palavra que confirma que você não existe mais fisicamente, pois atesta que não posso mais te tocar, sentir você, não posso ouvir você dizer “mande, minha flor” e depois contar uma história que terminava sempre de forma engraçada e você rindo.

Muita coisa aconteceu dentro de mim nesse tempo. Diversas vezes fui engolida pelo maremoto do luto, afoguei-me nas águas amargas da dor da saudade que nunca cessa. Tenho profunda consciência de todo o processo que venho vivendo desde o prognóstico e talvez, só talvez, por isso não fui tragada de vez para esse abismo sem fim.

Dentre todos os processos, algo mudou dentro de mim quando te coloquei em meu corpo, pois além de te carregar na alma, na minha história, na minha vida, nas minhas lembranças e sonhos não realizados - dos planos que fizemos e não deu tempo de cumprir, agora te carrego tatuado em mim!

No trecho de uma das músicas que você partilhou comigo, no símbolo da aliança que fizemos e na sua assinatura de uma das dedicatórias dos livros que me presenteou e que agora carrego no peito! ❤

Diante de todo o caos tive meu momento de leveza.







sexta-feira, 30 de setembro de 2022

19 DE SETEMBRO: CINCO MESES

Oi, meu bem! Já são 5 meses sem você aqui. Ouvindo tua voz apenas nos áudios e vendo os vídeos que tenho. Hoje, dia 19, é uma data simbólica em que contamos a vida sem você, mas eu definitivamente não preciso dessa data pra sentir a tua ausência. Eu nunca pensei que uma ausência pudesse ser tão real, quase palpável. Continuo sentindo a tua falta em tudo: dos planos que fizemos, das bobagens que conversávamos, dos áudios fazendo graça. Sigo te amando, carregando você no peito, na lembrança, na memória, nos sorrisos que já consegui dar, nas pequenas conquistas que sei que você vibraria comigo e por mim. Não preciso contar o tempo, pois na calculadora da vida nenhum dia passa despercebido de tua ausência ao meu lado. Te lovo, meu amor!





19 DE AGOSTO: QUATRO MESES...

Hoje faz 4 meses que sigo incrédula, desistindo, resistindo, sentindo, dormente...

Vivo suspensa em uma espécie de torpor que me deixa contemplando a minha vida como se ela não fosse mais minha. Assisto do alto como se a pessoa que está aqui não fosse a mesma que esteve com você ou não é a mesma que estará vivendo mais à frente. Quem me vê seguindo não sabe que seguir é a única opção, não se tem escolha quando a morte leva de você, além da pessoa amada, todos os planos e coisas sonhadas que não serão mais vividas como queríamos. Dói, às vezes intensamente como no dia da sua partida, às vezes mais brandamente (raras vezes). Poucas vezes me senti confortável durante esse tempo. Bem ainda não sei quando efetivamente estarei. A sua ausência é uma coisa que está comigo e seguirá pra sempre em mim.








19 DE JULHO: TRÊS MESES SEM VOCÊ

Meu bem (Richardson Alex), hoje são 3 meses sem você e parece que pela 1ª vez eu consigo ver uma pequena luz no olho do furacão de tudo isso...

Sinto saudades!
Sigo te amando.

Sua ruiva.




domingo, 19 de junho de 2022

DOIS MESES SEM VOCÊ

     Uma das piores palavras pra dizer sobre alguém que perdemos é morreu, pois atesta pra nós mesmos o acontecimento imutável. E nos ouvir dizendo isso tem um peso gigantesco dentro da gente. Ainda não cabe em nenhum lugar dentro que você não existe mais fisicamente, que não posso te acessar de alguma forma. Isso é uma verdade estúpida!

    A cada dia, a cada mês que passa comprovo o que muitos dizem: o luto não é linear e eu "jurava" que somente hoje eu estaria péssima, mas me enganei. Desde sexta-feira que entrei no fundo do poço do luto e fiquei sendo engolida pela dor da sua ausência, meu bem!

  Incrivelmente são as pequenas coisas do dia a dia que me trazem à memória o que poderíamos ter vivido, porém não houve tempo. Chegando a mesma hora de sua partida, foi chegando em mim uma ansiedade, uma agonia. Numa noite de terça-feira, há 2 meses você nos deixou, descansou fisicamente e deixou sua existência nas lembranças e amor que construímos juntos.

    Não sou tão fraca quanto penso e nem tão forte quanto imaginam. Não tenho e nem preciso provar nada pra ninguém, apenas continuo seguindo como posso e como consigo tentando não quebrar o elo que construímos. A única coisa que me "consola" é saber que a nossa história é nossa, nós a vivemos, e ninguém tirará isso de você - onde estiver - e nem de mim.

    Sigo te amando.