Se eu soubesse que seria assim
Se eu vislumbrasse que chegaria aqui
Se conseguisse medir os resultados
Eu erraria de novo, erraria mais
Erraria diferente
Quebraria mais a cara
Arriscaria mais o coração
Teria mais rugas, talvez
Mas também lembranças a mais
Estaria sem tantos "se"
Não teria medo do ridículo
Viveria mais de improviso
Sem planos, ou projeções irreais
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016
ARTICULAR
Vou tecendo
costurando os sonhos
remendando os desejos
desbotando os fracassos
forrando os bolsos
apertando os defeitos
reformando as folgas
ajustando as sobras
fazendo provas
e tentando chegar
ao modelo "perfeito"
na passarela dos acontecimentos
no desfile da vida.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
ARCANO
Você é o livro
que só conheci a capa
Da sinopse eu até ouvi falar
Mas para realmente gostar
é preciso folhear, cheirar
Tenho de ler a introdução
Observar o índice
E se o enredo me interessa
Quem sabe até (re)criar partes da história
Acrescentar novos capítulos
Permitir páginas em branco
ou escritas a grafite
para a borracha do arrependimento apagar
Ou quem sabe desistir
se a leitura não agradar
Ou simplesmente nem abrir.
Você é um livro fechado
que ainda só conheço a capa...
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
SOU PORQUE TU ÉS
Sou espinho, botão, sou rosa
Sou buquê, flores, presente
Sou perfume, calma, sou tempestade
Sou amor, fogo, sou sacanagem
Sou sonho, realidade, tua fantasia
Sou romance, aventura, tua companheira
Sou o desconhecido, o limite, teu mar
Sou a fonte, a fome, tua alegria.
Sou porque és
Meu desejo, minha inspiração,
minha fome, minha fonte,
minha tentação.
Minha vontade, curiosidade,
minha provocação.
És minha paixão!
segunda-feira, 4 de julho de 2016
ANÔNIMO
Naquela carta, que nunca te escrevi, disse tanto de mim, coisas que você nunca mereceu 1%. Cada palavra gasta, cada apelo feito, humilhantes tentativas para alguém em quem o entusiamo já não era presente.
Como fui tola ao não notar desde o início o quanto de objeto me deixei ser. Até foi bom pra mim no começo porque achei que éramos ambos brinquedo um do outro.
Quanta tolice!
Nem sei em que exato milésimo de segundo tudo em mim desmoronou transformando-se no que jamais deveria ter existido. O que já era caco esfacelou-se com o vento da rejeição e virou pó.
FILHO DA PUTA!
Era o que eu deveria ter dito desde o começo, mas a minha educação, ingenuidade e boa essência não me permitiram.
Hoje o que existe eu não sei, só sei que não posso dizer que é nada.
Não sei o nome que se dá a toda a ruína que fica dentro da gente mesmo quando se tenta de todas as formas lavar a alma por inteiro.
A roda da vida girou, novas páginas foram escritas, porém parece que na tua página tem um marcador e a página está com a borda dobrada.
A única certeza que tenho é que não quero nunca mais te ver, te encontrar...
Foda-se você e toda merda que você deixou em minha vida!!!
Contudo não te culpo completamente, a tentativa de aventura foi minha e conscientemente me atirei no abismo da canalhice onde você mora.
Só quero que, um dia, tudo isso passe e você passe a ser ninguém de qualquer coisa que vivi não sei quando em um passado distante...
HEILAND
Entre duas rodas encontro
paz, sossego.
Entre elas movimento a vida
que não se movimenta
Chego a qualquer lugar
e volto de onde nunca fui
Sorrio, faço destinos
Entre duas rodas
sinto o que sou
esqueço o que fui
vejo o que serei.
O vento no rosto leva,
leva pra longe o que não quero.
Entre duas rodas salvadoras.
sábado, 21 de maio de 2016
POEMA DE REPENTE
Homem,
com defeitos, qualidades
Às vezes simples,
às vezes chato
Príncipe e sapo
Santo e pecador
Conciliador e abrasador
Homem do presente
Homem da minha amizade
Homem do futuro
Homem
Simples assim!
com defeitos, qualidades
Às vezes simples,
às vezes chato
Príncipe e sapo
Santo e pecador
Conciliador e abrasador
Homem do presente
Homem da minha amizade
Homem do futuro
Homem
Simples assim!
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